sábado, março 24, 2007

Explosões de um Paiol em Maputo, Moçambique

Vivi em Moçambique e tenho lá familia e já era tempo que deixasse de lá haver calamidades.




Foto enviada por J. Silva

Na sequência da explosão do paiol das FADM várias crianças ficaram perdidas como resultado da agitação que se gerou após o abalo. Com efeito, o Ministério da Mulher e da Acção Social em coordenação com outras entidades do Governo e da sociedade civil, já iniciou com o processo de reintegração destas crianças nas suas respectivas famílias.

No entanto, várias outras crianças podem ainda encontrar-se em locais desconhecidos, ao que exorta-se aos que encontrarem as mesmas encaminha-las para as Esquadras da Polícia ou autoridades mais próximas. Ainda se pode dirigi-las para o Infantário Primeiro de Maio, o Centro Infantil Pomba Branca ou noutras Unidades Sociais de Atendimento à Criança.

Tendo em consideração que as crianças, inconscientemente, se aproximem dos projécteis o Ministério apela para que se tenha cuidado com todo o tipo de objectos estranhos e cumpram rigorosamente com as instruções das entidades oficiais que operam no terreno...

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O número de mortos vítimas da explosão do paiol das FADM pode ultrapassar a margem que as autoridades da Saúde têm vindo a anunciar nas várias intervenções que fazem à imprensa, assegurou o deputado da Renamo, Manuel de Araújo, que diz que mais de 100 pessoas deram entrada no Hospital Central de Maputo, local onde se encontra, desde ontem, para o acompanhamento da situação.

A fonte adiantou que, em conversa com o pessoal da Saúde, soube que a capacidade da morgue do HCM já tinha sido ultrapassada, para além de que as vítimas davam entrada de vários locais existentes naquele hospital, o que dificultava a real contagem dos mortos.

Manuel de Araújo avançou que outros mortos se podem encontrar no Hospital Psiquiátrico de Infulene, José Macamo ou em outras unidades para onde se tenham deslocado à busca de socorro. Referiu também que há corpos dispersos na cidade de Maputo à espera de remoção.

O número de mortos vítimas da explosão do paiol das FADM pode ultrapassar a margem que as autoridades da Saúde têm vindo a anunciar nas várias intervenções que fazem à imprensa, assegurou o deputado da Renamo, Manuel de Araújo, que diz que mais de 100 pessoas deram entrada no Hospital Central de Maputo, local onde se encontra, desde ontem, para o acompanhamento da situação.

A fonte adiantou que, em conversa com o pessoal da Saúde, soube que a capacidade da morgue do HCM já tinha sido ultrapassada, para além de que as vítimas davam entrada de vários locais existentes naquele hospital, o que dificultava a real contagem dos mortos.

Manuel de Araújo avançou que outros mortos se podem encontrar no Hospital Psiquiátrico de Infulene, José Macamo ou em outras unidades para onde se tenham deslocado à busca de socorro. Referiu também que há corpos dispersos na cidade de Maputo à espera de remoção.

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É a segunda vez que em menos de dois meses o paiol de Malhazine regista fortes explosões. Entre os anos 85 e 86, aquele que é o maior armazém de material bélico do país terá explodido, causando 24 mortos, razões suficientes para que o Estado tivesse tomado as devidas medidas de forma a evitar situações análogas, segundo deu a conhecer o político que temos vindo a citar.

No caso específico das explosões ocorridas há menos de dois meses, Manuel de Araújo disse que o Ministério da Defesa devia ter criado uma comissão de inquérito independente para apurar as reais causas do incidente. Acredita que tal comissão poderia produzir recomendações que pudessem solucionar a problemática do paiol, aliás, referiu que aquele arsenal não se devia localizar próximo de uma cidade, pois representa um perigo para os cidadãos. “Ninguém me garante que amanhã não haverá outras explosões”, disse.

Por outro lado, o nosso país é signatário de vários acordos de gestão e manutenção de material bélico, mas parece não os estar a observar. Nas palavras do político, “o paiol de Malhazine está para além das regras recomendadas internacionalmente”.

O nosso interlocutor concluiu que a inspecção do Ministério da Defesa não está a funcionar devidamente, uma vez não poder ter controlo de uma “situação terrível” como a que está a acontecer na nossa capital.

Ainda hoje, o ministro da Energia, Salvador Namburete, avançou, em entrevista à Rádio Moçambique, que as linhas de transporte de energia eléctrica sofreram danos, alguns dos quais estão a privar os cidadãos de corrente eléctrica.

Sabe-se, também, que as províncias de Inhambane e Gaza foram atingidas pelos projécteis provenientes do paiol, porém, ainda não se fala de vítimas mortais.

Redacção
Copiado do Jornal País Online